ICOM

Definição: o Comitê Internacional de Museus (ICOM) é uma organização não-governamental, conveniado com a UNESCO, que desenvolve papel de instituição máxima da organização dos Museus. Não possui fins lucrativos, sendo financiada apenas pelos seus membros e por patrocínios públicos e privados. Tem como objetivo o estudo das tipologias museais, bem como as necessidades e os desafios dos profissionais e dos museus.


Histórico: suas origens remetem a 1926, com a criação do Escritório Internacional de Museus, que teve seu funcionamento e publicações interrompidas pelo período beligerante da Segunda Guerra Mundial (CRUZ, 2008). Durante o conflito mundial o espírito de cooperação intelectual permaneceu, sendo fortalecido com a criação da Conferência dos Ministros Aliados da Educação (CAME), em 1942, da Organização das Nações Unidas, em 1945, e da UNESCO, em 1946. Nesse contexto favorável é criado o Comitê Internacional de Museus (ICOM), em 1946. Já em maio de 1947 foram firmados os tratados entre o ICOM e a ONU. No Brasil, ainda em 1946, o Museu de Belas Artes firmou convênio com o órgão, sendo o pioneiro no país. Essa iniciativa foi obra do seu diretor na época, Oswaldo Teixeira, que posteriormente seria organizador do Comitê no Brasil (CAMARGO-MORO, 1997). Em 1948 o escritório brasileiro realizou a primeira reunião, onde ficaram acertados inúmeros pontos, como a publicação das dificuldades dos museus brasileiros e agendamento da reunião seguinte, para março do mesmo ano. Atualmente o ICOM tem relações estreitas com a UNESCO, tendo inclusive acesso ao conselho social e econômico da ONU.

Comentário: o ICOM tem tido papel preponderante nas atividades museológicas, principalmente se analisado do viés organizacional do compartilhamento de informações entre as instituições. Os mais de 30.000 membros de 137 países diferentes interagem por meio de cursos, eventos, oficinas, publicações, trocando informações, promovendo o intercâmbio e promoção profissional e pessoal. Uma das diretrizes de maior importância convencionada para o próximo triênio é a preservação do patrimônio mundial e combate ao trafico de bens culturais, em parceria com a UNESCO.

Autoria: Felipe R. Contri Paz.

Referências

BARATA, Mário. 50 anos de Museologia: I – um fragmento pessoal. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, ano 152, n. 371, p. 554-561, abril/junho 1991.

CAMARGO-MORO, Fernando. Por que a Revolução de 1971 foi esquecida? Rio de Janeiro, 1997. Disponível em: http://www.icom.org.br/texto%20Fernando%20Moro.pdf

CRUZ, Henrique de Vasconcellos. Era uma vez, há 60 anos atrás… In: O Brasil e a criação do Conselho Internacional de Museus. 2008.

ICOM. Disponível em: <http://icom.museum/> e <http://www.icom.org.br/>.

 

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