CULTURA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Definição: “cultura” (do latim colere, que significa cultivar). No dicionário Michaellis, cultura significa “Estado ou estágio do desenvolvimento cultural de um povo ou período, caracterizado pelo conjunto das obras, instalações e objetos criados pelo homem desse povo ou período; conteúdo social”. Etimologicamente a palavra “responsabilidade” deriva do latim respondere, responder. Segundo o dicionário Michaellis, responsabilidade é “a qualidade de responsável”, que “responde por atos próprios ou de outrem”, que “deve satisfazer os seus compromissos ou de outrem”.


Histórico: Edward B. Tylor define Cultura como “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade” (In Kahn, 1975:29).

Felix M. Keesing (1958) conceitua Cultura como “comportamento cultivado, ou seja, a totalidade da experiência adquirida e acumulada pelo homem e transmitida socialmente, ou ainda, o comportamento adquirido por aprendizado social” (1961:49).

Para Fleta Responsabilidade Social é

 

o conjunto de obrigações inerentes a evolução de um estado ou condição com força ainda não reconhecidas pelo ordenamento jurídico positivo ou desconhecidas parcialmente, mas cuja força que se vincula e sua prévia tipificação procedem da íntima convicção social de que não segui-la constitui uma transgressão da norma da cultura (1995:14).

 

Na visão de Harold Koontz e Cyril O’Donnell (1982), responsabilidade social é “uma obrigação pessoal de cada um de quando age em seu próprio interesse, garantir que os direitos e legítimos interesses dos outros não sejam prejudicados [...]. O indivíduo, certamente, tem direito de agir e falar em seu próprio interesse, mas precisa sempre ter o devido cuidado para que esta liberdade não impeça os outros de fazerem à mesma coisa”.

Comentário: Na chamada “Sociedade do Espetáculo”, denominada por Debord (1998), há uma predominância da imagem sobre o objeto, da forma sobre o conteúdo. A produção cultural, muitas vezes, acaba oferecendo produtos e serviços que facilitam essa busca constante por prazer. Temos, assim, uma sociedade “sedutora”, que busca a “leveza” do “espetáculo” onde a produção cultural tende a ser uma repetição de padrões, ideias e comportamentos.  Assim, muito da produção cultural se apresenta como dada, pronta para ser docilmente consumida. Nessa “Sociedade do Espetáculo” as empresas vêm investindo em Cultura como um de seus principais focos de Responsabilidade Social.

Autoria: Ewerton Luis Faverzani Figueiredo

 

Referências

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Comentários sobre a sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.

EELLS, Richard e WALTON, Clarence. Conceptual Foundations of Business. In: OLIVEIRA, José Arimatés de. Responsabilidade social em pequenas e médias empresas. Revista de Administração de Empresas, 24 (4): 204, out./dez.1984.

FLETA, Luis Solano. Fundamentos de las relaciones públicas. Madri: Editorial Sínteses, 1995.

KAHN, J. 5. El concepto de cultura: textos fundamentales. Barcelona Anagrama, 1975. Capítulos 2, 5 e 6.

KEESING, Felix M. Antropologia cultural: a ciência dos costumes. Rio de Janeiro Fundo de Cultura, 1961. Capítulos 2 e 7.

KOONTZ, Harold e O’DONNELL, Cyril. Princípios da Administração. São Paulo: Pioneira, 1982.

MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo. Companhia Melhoramentos, 1998.

 

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